Milho fecha semana em alta na B3 e em Chicago
Publicado em 21/07/2025 08h52

Milho fecha semana em alta na B3 e em Chicago

Na B3, o contrato de setembro/25 fechou a R$ 65,48.
Por: Leonardo Gottems

O mercado de milho encerrou a semana em alta tanto na B3 quanto na Bolsa de Chicago (CBOT), refletindo uma combinação de fatores favoráveis aos preços. O avanço do dólar, a recuperação técnica em Chicago e o atraso na colheita da safrinha no Brasil contribuíram para sustentar os contratos futuros e animar os investidores.

Segundo análise da TF Agroeconômica, a valorização semanal na CBOT foi de 3,16%, impulsionada por previsões de calor intenso no cinturão agrícola dos Estados Unidos, o que elevou as compras técnicas e o interesse por hedge. O dólar também teve alta de 0,71% na semana, o que favoreceu as exportações brasileiras e impulsionou os preços internos. A colheita da safrinha segue atrasada, o que está sustentando os preços no mercado futuro e começa a impactar o físico — a média Cepea subiu 0,76% na semana.

Na B3, o contrato de setembro/25 fechou a R\$ 65,48, com alta de R\$ 1,00 no dia e de R\$ 1,50 na semana. O novembro/25 terminou em R\$ 68,25 (+R\$ 0,48 no dia e +R\$ 1,02 na semana), enquanto o janeiro/26 encerrou cotado a R\$ 71,97 (+R\$ 0,35 no dia e +R\$ 0,57 na semana). Em Chicago, o contrato de setembro subiu 1,62% no dia, a US\$ 4,08/bushel, e o dezembro teve alta de 1,60%, a US\$ 4,27/bushel.

Apesar da valorização, o mercado internacional segue pressionado por questões comerciais. Recentes campanhas para substituir o xarope de milho por açúcar de cana em grandes empresas geram preocupação entre produtores. Segundo a Associação de Refinadores de Milho, mudanças nesse sentido poderiam impactar a receita agrícola em até US\$ 5,1 bilhões.

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